CRISE DOS MODELOS PRODUTIVOS E A EMERGÊNCIA DE NOVOS PARADIGMAS NO MUNDO DO TRABALHO
DOI:
https://doi.org/10.63026/acertte.v5i4.231Palavras-chave:
Trabalho. Paradigma. Produção Flexível. Fordismo. Taylorismo. Inovação.Resumo
Este artigo analisa a transformação do trabalho à luz das mudanças nos paradigmas técnico-produtivos, com ênfase na transição de modelos rígidos de produção – como o taylorismo e o fordismo – para formas organizacionais mais flexíveis, integradas e dinâmicas. Parte-se da premissa de que o trabalho é um objeto sociológico central, especialmente num cenário em que as incertezas tecnológicas, econômicas e sociais colocam em xeque as concepções clássicas de produtividade, qualificação e organização do trabalho. O texto se apoia nas contribuições de autores como Kuhn, Morin, Weber e Rifkin para discutir a inadequação dos antigos paradigmas diante das transformações provocadas pela automação, pela cibernética e pelas mudanças nas exigências do mercado. Ao invés de uma ruptura total com o passado, observa-se uma reconfiguração gradual das práticas produtivas e da formação do trabalhador, com valorização da competência, autonomia e capacidade de adaptação. Embora o paradigma flexível ainda careça de maior consolidação teórica e empírica, seu avanço evidencia a necessidade de rever as bases sobre as quais se organizam as relações de trabalho, a gestão e a formação profissional. O estudo sugere que estamos em um momento de transição paradigmática, em que modelos coexistem e se tensionam, sem que se possa afirmar o completo esgotamento das formas anteriores. A análise propõe, portanto, uma abordagem crítica e aberta à complexidade da realidade produtiva contemporânea.
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