GERENCIAMENTO DE RESULTADOS: UMA ANÁLISE DOS INDÍCIOS DE ALISAMENTO DE RESULTADOS DAS EMPRESAS LISTADAS NA B3
DOI:
https://doi.org/10.47820/acertte.v2i6.82Palavras-chave:
Gerenciamento de Resultados, Alisamento de Resultados, Tomada de Decisões.Resumo
A Teoria Contábil reconhece a possibilidade da existência de diferentes resultados, abrindo espaço para a possibilidade dos mesmos serem “gerenciados”. O objetivo deste estudo consiste em verificar o (de)crescimento de indícios de alisamento de resultados nas empresas listadas na Bovespa nos segmentos Tradicional, Nível 1 e Nível 2, nos anos de 2014 a 2018. Quanto aos procedimentos metológicos, trata-se de uma pesquisa descritiva, tendo como procedimento a análise documental com abordagem quantitativa. Para fins de identificação de indícios de alisamento de resultados usa o modelo de Eckel (1981). São analisadas as empresas listadas na Bovespa e a amostra é composta por 161 empresas listadas nos segmentos Tradicional, Nível 1 e Nível 2. Quanto aos resultados, observa-se que há tendência de diminuição de empresas com indícios de alisamento, reduzindo de um total de 59,24% em 2014, para 45,96% em 2018. A quantidade de empresas classificadas na área cinzenta também reduziu de 3,82% (2014), chegando no seu índice mais baixo, de 1,24%, em 2016 e estabilizando em 2,48% nos anos seguintes. A quantidade de empresas que não apresentaram indícios de alisamento que era de 36,94% em 2014 aumentou para 51,55% em 2018, indicando que as demonstrações contábeis das empresas analisadas vêm sendo apresentadas de forma mais fidedigna. A prática de alisamento de resultados é ruim porque pode induzir os stakeholders a tomarem decisões equivocadas favorecendo os sócios majoritários ou gestores. A principal contribuição do estudo foi demonstrar que há uma tendência de redução na apresentação de resultados contábeis “gerenciados”.
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