A NEGLIGÊNCIA DA DENGUE NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOCUMENTAL SOBRE O IMPACTO ECONÔMICO NA REGIÃO SUDESTE (2015–2024)
DOI:
https://doi.org/10.63026/acertte.v5i6.246Palavras-chave:
Dengue. Impacto econômico. Região Sudeste. Políticas públicas de saúde. Análise documental.Resumo
Entre 2015 e 2024, o Brasil enfrentou epidemias recorrentes de dengue, notadamente nos períodos de 2015-2016 e 2023-2024, demandando elevados investimentos públicos. Contudo, a resposta institucional à doença, apesar de sua relevância epidemiológica e dos gastos crescentes, continua marcada por falhas estruturais, subnotificação e descontinuidade preventiva. Este artigo realiza uma análise documental qualitativa aprofundada do impacto econômico da dengue na Região Sudeste do Brasil, detalhando gastos diretos e indiretos. A pesquisa examina a evolução dos investimentos federais e sua aplicação nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, contrastando os aportes financeiros com a persistência de surtos. Os resultados evidenciam que o aumento dos repasses, por si só, não garantiu maior eficácia no controle, prevalecendo um modelo reativo e com planejamento de longo prazo insuficiente. A análise detalhada dos custos, incluindo os indiretos como perda de produtividade e sobrecarga hospitalar (com custos de internação 22% acima da média nacional na região), e a falta de mecanismos robustos de avaliação de impacto reforçam a urgência de políticas públicas sustentáveis, intersetoriais e com gestão eficiente, focadas na prevenção contínua e na integração entre vigilância e atenção básica.
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